Mato Grosso do Sul é o estado com maior taxa de aprisionamento feminino, com 113 presidiárias para cada grupo de 100 mil mulheres, segundo dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen). A pesquisa foi divulgada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), baseada em dados de 2016. O estudo aponta que o tráfico de drogas foi responsável por 77% dos crimes que encarceraram mulheres no Estado e para o Brasil a mesma incidência penal corresponde a 62% das condenações no ano de 2016.
De acordo com o Mapa Geral de presidiários de Mato Grosso do Sul, divulgado pelo portal da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), o total de presos no Estado é de 17.428 e, deste número, 981 são mulheres. Segundo o estudo Diretoria de Análise de Políticas Públicas, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre anos 2000 e 2016, os índices de mulheres nos presídios aumentou 567% no país.
A chefe das Unidades Penitenciárias Femininas de Mato Grosso do Sul, Jane Maria Motta afirma que a maior parte das mulheres presas por tráfico de drogas são mães jovens e com formação escolar do ensino fundamental. Jane Maria Mota ressalta que a reinserção destas mulheres na sociedade é um desafio. “Existem muitos prejuízos na vida dessa pessoa, sem contar o rótulo, quando você leva um rótulo de prisão o processo pós é árduo”.