Em Mato Grosso do Sul foram registrados 6.635 casos de incêndio no mês de julho deste ano. De acordo com o banco de dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE) nos dias 26, 27 e 28 de julho ocorreram 571 focos de incêndio no estado. Em 2018, no mesmo mês, o INPE contabilizou 4.193 queimadas em Mato Grosso do Sul, 2.442 a menos que este ano. As principais causas de queimadas são o clima, tempo seco e ações humanas, como atear fogo em terrenos baldios.
A cidade que teve mais casos de queimadas no estado foi Corumbá. Em julho o município registrou 3.475 focos de incêdio, que representa 52,4% de todo Mato Grosso do Sul. Porto Murtinho e Aquidauana registraram 512 e 277 casos de emergência, respectivamente. Campo Grande ocupa a 13ª colocação no estado, com 68 focos de queimadas, 1% do estado.
A coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso Do Sul (Cemtec-MS), Franciane Rodrigues explica que de junho a setembro é um período climatológicamente seco no estado e isso ocorre devido a um sistema de alta pressão que ocorre nessas datas. "O período de seca contribui bastante para essa questão das queimadas, tanto as provocadas quanto as queimadas que surgem por conta de uma alta incidência de calor no solo".
Franciane Rodrigues alerta para que a população evite causar queimadas. "Outro fator que temos muitos problemas nessa época do ano é com a população que limpa seu terreno baldio e acaba ateando fogo para fazer a limpeza do seu terreno. É uma sugestão para que as pessoas evitem fazer isso, porque essas queimadas provocadas acabam poluindo a atmosfera".