HOMEOPATIA

Procura por homeopatia aumentou 40% em dois anos

De 2008 a 2014 o aumento de estabelecimentos que oferecem este serviço foi de 517 para mais de 4000

Iasmim Amiden e Isabela Domingues 5/05/2015 - 09h23
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A procura por tratamento homeopático aumentou 40% em Campo Grande no período de janeiro de 2013 à março deste ano. Nos últimos dois anos, a homeopatia se destacou entre os sistemas medicinais alternativos e em relação aos medicamentos alopáticos. 

Segundo o médico homeopata, Djalma Blans, a procura pelo tratamento homeopático é reflexo do interesse do paciente em consumir medicamentos que não têm contra indicações e efeitos colaterais e proporcionam melhorias ao organismo na prevenção de doenças. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a sua prática como medicina alternativa e complementar. No Brasil a homeopatia é reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina desde 1980 e compõe a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), criada pelo Ministério da Saúde em 2006.

De acordo com a PNPIC houve crescimento de procedimentos homeopáticos no Sistema Único de Saúde (SUS). De 2008 a 2014 o aumento de estabelecimentos que oferecem este serviço foi de 517 para mais de 4000.

A homeopatia é um sistema medicinal alternativo à alopatia por serem medicinas que trabalham com métodos de atendimento e tratamento diferentes. Blans afirma que a alopatia é a medicina dos contrários e a homeopatia a medicina dos semelhantes e ressalta que “a homeopatia atua fortalecendo a ação que todos nós temos, um processo natural de saúde, por meio de estímulos energéticos desencadeados por medicamentos homeopáticos com o intuito de reequilibrar a energia vital dos pacientes”.

Parte das pessoas ainda desconhece os princípios provados pela homeopatia, como a similitude, devido à falta de informação e incentivo ao uso do remédio homeopático como alternativo ou complementar ao alopático. Para Blans, “a indústria farmacêutica fica com pé atrás com a homeopatia porque o remédio homeopático é muito mais barato, muito mais em conta. Nós vivemos numa indústria capitalista, indústria da doença, é interessante que as pessoas fiquem doentes para comprar remédio”. 

O especialista explica que a consulta com o médico homeopata também é uma das razões que estimulam o aumento da procura por esta medicina, que atende o paciente com intuito de saber não somente seus sintomas físicos mas também emocionais, que são na maioria das vezes os principais causadores da baixa no sistema imunológico que fica suscetível a quase todo tipo de doença.

A auxiliar administrativa, Krishina Félix, faz tratamento homeopático há 20 anos e ressalta os efeitos positivos desta medicina, como ausência de efeitos colaterais, e prevenção de doenças, que em consequência evitam o uso de remédios alopáticos com frequência, como antibióticos e anti-inflamatórios.

Algumas pessoas não acreditam nesse tipo de tratamento devido às respostas não imediatas do organismo, como é o caso da estudante Letícia Gonçalves que disse ter tentado usar remédios homeopáticos, sem conseguir o efeito desejado. “Há muito tempo sofro de enxaqueca, por isso fiz tratamento homeopático por um ano. Mas o resultado demora muito e não foi como eu esperava.”

Blans explica que esse tipo de reação das pessoas é comum, pois as doenças estão diretamente relacionadas com o emocional e não devem ser tratadas apenas com medicamento. Ele ainda afirma que essa é uma das principais ideias da medicina homeopata, tratar não apenas o físico do paciente, mas também o psicológico.

 

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