As principais unidades de coleta de sangue de Campo Grande, Santa Casa e Hemosul estão com estoque reduzido, suficiente para uma semana. Durante o inverno, há uma grande demanda de distribuição das bolsas de sangue para todo o Estado e o comparecimento de voluntários para realizar a doação é menor neste período. A estratégia é a realização de campanhas de conscientização como palestras em escolas, parcerias com empresas e ações internas com ajuda de funcionários, para que a população ajude a manter os estoques.
A enfermeira responsável pelo Hemonúcleo da Santa Casa, Luciane Vieira Miranda explica que entre a última semana de julho e a primeira semana de agosto, houve uma queda nas doações de sangue. Ela afirma que no período de férias, assim como na época do carnaval, o número de voluntários diminui devido a mudança de comportamento alimentar e ingestão de bebidas alcoólicas, que resultam nos baixos estoques. “O que a gente sempre procura sensibilizar a população é que a demanda pelo serviço é contínua, as pessoas não param de adoecer, não para de acontecer cirurgias e acidentes automobilísticos, que é responsável pelo maior número de internações nos hospitais, e a maioria precisa de transfusão sanguínea”.
De acordo com Luciane Miranda, o estoque de sangue do tipo A+ e O+ está adequado até o momento, mas o estoque de O-, que é sempre necessário, teve redução. “A população brasileira é mais A+ e O+, então vamos ter mais doadores com esse tipo sanguíneo, e a demanda também vai ser. Mas existe momentos que você tem vários pacientes O- internados e todos precisam de transfusão. Então a realidade de O- é baixa. Esse tipo não tem risco de incompatibilidade sanguínea, então se tem um paciente com perda sanguínea grande, o que vai pedir é O-, porque não dá tempo de tipar esse paciente”.