Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Lisboa e da Universidade Federal do Rio de Janeiro trabalham em conjunto para criar a nova droga que deverá combater todos os tipos de vírus existentes e mesmo novos que venham a surgir.
O professor visitante do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa Nuno Santos veio à Campo Grande (MS) trazer os resultados preliminares das pesquisas que mostram similaridades entre os vírus da dengue e do HIV, e que, por isso, podem ser combatidos com as mesmas estratégias. “No caso de uma disseminação de um novo vírus, poderá funcionar como estratégia para ganharmos tempo se houver um elevado número de infecções, enquanto não se tenha algo mais específico”.
Santos explica que os vírus, que são compostos basicamente por proteínas, são envolvidos por uma camada de gordura, chamada de lipídios. O revestimento, comum entre eles, é o alvo da terapia. A tática pode não ser tão eficiente contra qualquer vírus em particular, mas pode ser usada de forma paliativa contra todos.
As novas abordagens terapêuticas que Santos propõe atuam no tratamento dos pacientes infectados, sem descartar a produção de vacinas. ”Mesmo assumindo que a vacina que está a ser estudada possa passar em um futuro relativamente próximo a disponibilidade clínica, haverá sempre gente que não está vacinada e há sempre a limitação da vacina não ser 100% eficiente”.







