Mato Grosso do Sul registrou aumento de 22% no número de idosos que morreram por desnutrição entre o período de 1996 a 2016, de acordo dados divulgados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Os números são de pessoas da faixa etária acima de 60 anos e apontam que, em 1996, 63 mortes foram registradas. Após dez anos, o número aumentou para 156 casos e em 2015 os registros caíram para 71 casos. Os últimos dados divulgados, em 2016, aumentou para 77 vítimas. O Brasil também teve um crescimento nos dados que, de acordo com dados do Datasus, aumentou em 77,7% o número de óbitos por falta de nutrição adequada nesta faixa etária.
O levantamento mostra que entre os anos de 2012 e 2016 ocorreram 459 mortes de idosos por desnutrição em Mato Grosso do Sul. Campo Grande registrou o índice mais alto com 96 vítimas. A pesquisa do Datasus também aponta que os números de óbitos aumentam para pessoas com idades mais avançadas, acima de 80 anos. De acordo com cartilha produzida pelo Departamento de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (FS/ UnB) para o Ministério da Saúde, “Obesidade e Desnutrição”, a desnutrição é definida como a deficiência de um ou mais nutrientes essenciais para o corpo humano.
Segundo a enfermeira e coordenadora do Conselho Municipal do Idoso (CMI), Rosangela Aparecida Calado o crescimento no número de mortes por desnutrição em idosos ocorre porque esta população necessita de uma atenção diferenciada da família. “Pela doença, pelo processo senil eles esquecem de comer, esquecem o que comer e de comer também. Se o idoso está sozinho, ele vai desidratar, vai ter uma desnutrição muito rápida.Se tem uma família negando o suporte, isso realmente pode acontecer”.