SAÚDE

Campo Grande é a segunda capital com mais fumantes no Brasil

Pesquisa da Vigitel mostra que a capital sul-mato-grossense fica atrás apenas de Curitiba no número de homens fumantes

Beatriz Camargo, Isabelly Melo e Natália Oliveira19/06/2018 - 15h14
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Campo Grande é a segunda capital com a maior porcentagem de homens fumantes do Brasil, segundo a última pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. Segundo o estudo, a frequência do vício em adultos do sexo masculino é de 12,7%, atrás apenas de Curitiba. A capital possui programas na rede pública de saúde que auxiliam os fumantes que querem deixar o vício. 

A gerente Técnica de Controle e Tabagismo e Câncer de Campo Grande do Instituto Nacional do Câncer (INCA), enfermeira Núria Pereira explica que o município oferece nas unidades básicas de Saúde o programa básico de tabagismo, que segue os modelos nacionais do INCA. “Nós do município oferecemos nas unidades básicas de Saúde o programa que funciona em quatro sessões bem estruturadas. Hoje temos aqui na cidade 15 pontos com grupos de tabagismo ativos e a população tem acesso a esse grupo na unidade de saúde mais próxima”. A enfermeira ressalva que na ausência do programa na Unidade Básica de Saúde, o fumante é encaminhado a unidade mais próxima. 

Em Campo Grande, de janeiro a abril deste ano, 156 fumantes estavam em tratamento, segundo a enfermeira. “É importante a gente frisar que esse programa de tabagismo tem uma abordagem cognitivo comportamental, então na verdade a medicação entra de forma complementar, ela não deve ser o marco desse programa”.

O projeto “Como deixar de fumar em cinco dias”, da Igreja Adventista do Sétimo Dia, coordenado pelo Pastor Wesley dos Reis, é uma das iniciativas promovidas na cidade para diminuir o número de dependentes do cigarro. O projeto existe há mais de 30 anos em parceria com o Hospital Adventista. “A primeira semana é a mais difícil. Então nesses cinco dias nos acompanhamos o fumante e temos uma variação de 50 até 70% das pessoas deixam de fumar”. A cada dia, um médico de diferente especialização explica os malefícios do fumo.

O médico otorrinolaringologista, Celso Nanni Júnior é voluntário no projeto e comenta que participou de projetos similares em São Paulo. Há oito anos na capital, Nanni Júnior comenta que o uso do cigarro começa cada vez mais cedo entre os jovens e está ligado a maioria das doenças. 

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