Seminário discute os altos índices de suicídio e medidas para reverter esse quadro - (Foto: Erika Espíndola)Números divulgados pela Organização Mundial da Saúde colocam o Estado em terceiro lugar no ranking nacional de morte por suicídio. Pesquisa realizada entre 2009 e 2011 pelo Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SinanNET) posiciona Campo Grande entre as 20 capitais que lideram as estatísticas nacionais dessa causa de morte, o que contabiliza mais de 50 suicidas para cada 100 mil habitantes
Segundo a diretora do Hospital Universitário Maria José Maldonado a questão indígena é um dos fatores que colaboram para o alto índice de suicídios no Estado. "Não é uma posição honrosa. A cidade com maior número de suicídios no Estado é Dourados, onde há uma grande concentração de aldeias. Existe uma questão cultural muito arraigada ali”.
Ainda de acordo com dados do SinanNET, a maioria dos suicídios no Estado se dá na faixa etária entre 13 e 35 anos. Para debater esta situação em Mato Grosso do Sul o Grupo de Estudos em Bioética da UFMS organizou 7º Seminário de Promoção à Vida e Prevenção ao Suicídio. O evento aconteceu no anfiteatro do LAC da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em parceira entre o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e a UFMS.
O diretor técnico do seminário e professor do curso de Capelania Escolar da UFMS, Edilson dos Reis, explica que o propósito das palestras é a prevenção e conscientização. "Há preconceito por parte das igrejas e dentro da própria imprensa para falar do assunto. A saúde mental ainda é muito negligenciada pelo poder público, uns acham que é frescura ou drama. E não é. Só esse ano 40 leitos do Hospital Nosso Lar e outros leitos do setor de psiquiatria do Hospital Regional foram fechados. Temos enfrentado anualmente a batalha contra esse tabu”.
Estresse
O estresse no trabalho pode ser uma das causas para decorrência de suicídios. De acordo com a psicóloga Bruna Maia profissões que colocam as pessoas sob muita pressão e constante estado de alerta podem desencadear depressão, o que torna a pessoa mais propensa a cometer suicídio.
O coordenador do Projeto Labirinto Emerson Leite fala sobre a proposta que desenvolve no grupo de apoio:
