ELEIÇÕES

Campanha Voto Certo é Voto Limpo conscientiza sobre a importância do voto ético

TRE-MS, MPF, MPE e OAB/MS unem-se três meses antes das eleições 2018 com objetivo de promover uma votação sem corrupção

GABRIELA SANTOS, LUA SOUZA E RENATA BARROS11/09/2018 - 09h22
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A campanha "Voto Certo é Voto limpo" foi lançada em Mato Grosso do Sul no dia 23 de julho. O projeto é uma iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) em parceria com o Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF) e a Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso do Sul (OAB/MS) para conscientizar a população sobre a importância do voto ético e para alertar sobre as consequências das notícias falsas em período eleitoral. O plano de ação da campanha tem previsão do uso de outdoors, panfletos, adesivos, camisetas, busdoor e redes sociais.

Segundo a advogada e presidente da Comissão Provisória das Eleições 2018, Lídia Maria Ribas, a campanha foi criada com o intuito atender a sociedade em geral. "A contribuição que a OAB espera é atingir a sociedade de modo a fazer com que a gente crie uma conscientização para que haja uma cidadania ativa pelo exercício do voto".

De acordo com o cientista político Victor Miranda, o voto ético é dotado de direitos e deveres por parte do cidadão. "É aquele mais depurado, menos envolvido por vieses de interesses individuais e mais relacionado à vontade geral".

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é a instância jurídica máxima da Justiça Eleitoral Brasileira e incentiva que o processo de votação eletrônico seja fiscalizado. Conforme infromações contidas na página de INTERNET do Tribunal Superior Eleitoral, a Justiça Eleitoral possui uma política de transparência realizada pelo acompanhamento da cerimônia de geração das mídias, do carregamento das urnas e fiscalização da votação na seção.

Segundo Lídia Ribas, a fiscalização tem direcionamento específico estabelecido pela própria legislação. Para a presidente da Comissão Provisória das Eleições 2018, a população pode e deve fazer este acompanhamento para que a campanha ocorra da forma mais ética possível. "Há não apenas os instrumentos já colocados pelo legislador, mas também há a facilidade dos instrumentos colocados à disposição de qualquer cidadão. Seja pelos sites, por alguns aplicativos específicos que temos via TRE e via TSE como o Pardal".

O cientista político Victor Miranda destaca que é preciso controlar informações mentirosas a respeito de fatos inventados, popularmente conhecida por notícias falsas (fake news). “Elas só vão ser contidas quando a gente tiver uma cidadania de maior qualidade, campanhas pontuais não são suficientes para isso.” Garcia aponta que, para ter melhor identificação das notícias falsas, é necessário que o eleitor desenvolva determinados valores. “É muito importante que o cidadão passe por um processo para ter valores políticos mais voltados para a defesa da democracia, para a defesa da igualdade e que por meio desses valores ele vai saber avaliar melhor as notícias e distinguir melhor o que são notícias falsas e verdadeiras”.

Segundo estatísticas divulgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, o estado apresentou declínio no número de pedidos de registros de candidatura. Em 2018, 536 candidatos estão registrados. Nas últimas eleições, o número era de 597. A quantidade de eleitores aumentou com relação a 2014, que tinha 1.818.937 eleitores aptos a votar. Neste ano, o número cresceu para 1.877.982.

Elaborado por Renata Barros. 
 

Em agosto de 2017, a Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP/FGV) divulgou o estudo "Robôs, Redes Sociais e Política no Brasil" que aborda interferências ilegítimas no debate público na IN, os riscos à democracia e ao processo eleitoral deste ano. Para a pesquisa, a DAPP/FGV desenvolveu um sistema de identificação de usuários que atuam como robôs e geram conteúdo por meio de algoritmos. De acordo com o estudo, 11% das discussões ocorridas nas redes sociais nas eleições de 2014 foram geradas automaticamente por robôs. Para Garcia, os robôs têm maior importância no processo eleitoral do que as notícias falsas.

Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, é a legislação que regulamenta as práticas de campanha eleitoral. Ela estabelece normas para as eleições desde o processo de registro de candidatos até a fiscalização e contagem dos votos. O professor de Direito Constitucional da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Eurídio Ben-Hur Ferreira acredita que a legislação vigente é razoável e que o mais importante é que ela seja divulgada de maneira a formar agentes fiscalizadores.

Serviço

O TSE disponibiliza o aplicativo Pardal, que funciona como uma plataforma de denúncias de práticas ilícitas nas eleições. Pelo aplicativo o cidadão pode denunciar diversos tipos de infrações e enviar diretamente para a Justiça Eleitoral. A ferramenta está disponível para download gratuito nas lojas virtuais App Store e Google Play.

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