ELEIÇÕES 2018

Eleitores de Mato Grosso do Sul reelegem Reinaldo Azambuja como governador do Estado

Os dois candidatos a governador no segundo turno, Odilon de Oliveira e Reinaldo Azambuja, tiveram apoio do candidato Jair Bolsonaro eleito presidente do Brasil

Caio Teruel, Marcos Saucedo e Mylena Fraiha29/10/2018 - 00h09
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Os eleitores de Mato Grosso do Sul reelegeram neste segundo turno, ocorrido no último domingo, 28, Reinaldo Azambuja como governador do estado. O candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) foi eleito com 52,35% dos votos válidos. Seu adversário, o Juíz Odilon de Oliveira, candidato pelo  Partido Democrático Trabalhista (PDT), teve 47,65% dos votos válidos. Do total de votos apurados, 89,26% foram válidos, 2,67% em branco e 8,07% nulos.

Os candidatos apoiaram a candidatura de Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal  (PSL), eleito presidente do país. Os eleitores de Mato Grosso do Sul também, 65,22%, optaram pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL), o que contabiliza 872.049 dos votos válidos. Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores  (PT), teve o apoio de 34,78% (465.025) dos eleitores sul-mato-grossenses. Votos brancos, nulos e abstenções somam 112.903, contabilizam 7,79% de votos não validados. 

No país, Jair Bolsonaro (PSL) obteve 55,5% dos votos válidos para presidente da República. O candidato Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), recebeu 44,5% dos votos dos eleitores brasileiros. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a soma de abstenções e votos em branco contabilizaram 21,2%.

Eleitores aguardam resultado da apuração dos votos no TRE/MS (Foto: Mylena Fraiha)


De acordo com o presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE/MS), desembargador João Maria Lós, a eleição em Mato Grosso do Sul se deu de modo tranquilo e com poucos incidentes. Foram 112 ocorrências com as urnas. 55 ajustes, entre troca de impressora, bobina, tomadas e baterias. 57 substituições em todo o estado, com 24 em Campo Grande. 

Cinco eleitores foram flagrados no momento em que filmavam a votação e conduzidos pelas autoridades policiais. Os casos ocorreram em Campo Grande, Bataguassu e Ribas do Rio Pardo. Foram 13 ocorrências relacionadas à má conduta, desobediência, ingestão de bebidas alcoólicas em local público e transporte ilegal de eleitores.

Opinião pública 

As eleições de 2018 foram marcadas pelo clima de polarização e insatisfação dos eleitores brasileiros. Para o eleitor pró-Bolsonaro, Gregório Paes o resultado destas eleições representam a vontade do povo por mudanças. “Fazer milagre ninguém vai, mas eu voto no Bolsonaro porque eu acho que as propostas e o passado dele oferecem um pouco mais de confiança e que se aproxima do clamor do povo”. 

 

Para o eleitor Ricardo de Araújo, 49 anos, diante das divergências de opiniões, o presidente deve manter um governo que respeite ambos os lados. “Eu acho que apesar de ter sido bastante polarizada a eleição, eu acredito que o candidato que for eleito conseguirá governar. O eleito é eleito de todos, mas a vontade da maioria também deve respeitar o ponto de vista da minoria”.



Eleitor comemora vitória de Jair Bolsonaro
(Foto: Mylena Fraiha)

Eleitores pró-Bolsonaro em carreata
(Foto: Mylena Fraiha)


O futuro

Segundo o cientista político e professor do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Victor Miranda, os acenos de Jair Bolsonaro com formas autoritárias de governo são preocupantes para o estado democrático de direito e principalmente para a manutenção das instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o próprio poder executivo. “É bastante grave a situação. Embora os anos de governo do PT tenham sido recheados de escândalos de corrupção e muita espetacularização, nunca houve um desrespeito para com as estruturas democráticas.” 

Miranda ressalta que desde a redemocratização, o período pós ditadura militar, nunca houve ataques sérios e efetivos contra a democracia. “Democracia não é sinônimo de atendimento da maioria ou de sua vontade. Democracia é a preservação e o respeito pelas minorias, com liberdade para contestar o governo.”

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