Jovem cientista campo-grandense ganha prêmio internacional
22/07/2013 - 16h52
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[caption id="" align="alignleft" width="239"]Galdino expõe seu projeto na Feira Internacional de Ciências e Engenharia, nos Estados Unidos[/caption]
O sul-mato-grossense Gabriel Tiago Galdino, 17 anos, conquistou o terceiro lugar na Feira Internacional de Ciências e Engenharia Intel 2013, nos Estados Unidos, na categoria de projetos de química. Ele pesquisou um componente presente na castanha de caju que pode auxiliar no combate à dengue. “Eu e meu professor começamos a ler artigos sobre o caju e descobrimos que ele é larvicida. O que fizemos foi uma reação para que o líquido se tornasse solúvel”, explicou o jovem cientista.O evento aconteceu mês passado, em Phoenix, estado do Arizona. Criada há 63 anos, a feira pré-universitária elege os melhores projetos científicos desenvolvidos por estudantes de nível médio. Outros oito projetos de brasileiros foram premiados.A invenção de Galdino está em processo de registro de patente. “Assim que estiver patenteado vamos atrás de investimentos público e privado”, antecipa.HISTÓRICOGaldino é aluno do terceiro ano na Escola Estadual José Maria Hugo Rodrigues, no Bairro Mata do Jacinto, e desenvolveu o projeto ao lado do professor e orientador Adilson Beatriz, que também é professor de Química da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), e dos professores Antonio Pancracio de Souza, da UFMS, e Eduardo José de Arruda, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).Segundo o jovem, ele sempre se interessou por química e por meio de um projeto de iniciação científica júnior da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect) , teve o primeiro contato com os professores e laboratório da UFMS.Em março deste ano, Galdino foi selecionado para a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que aconteceu na Universidade de São Paulo (USP). Na feira conquistou o primeiro lugar em projetos da área de exatas e ganhou a participação para a feira internacional, que ocorreu nos Estados Unidos. Para viajar para o exterior, o jovem cientista precisou se familiarizar com a língua inglesa. “Ganhei um curso de inglês para conseguir apresentar meu projeto para os americanos", comenta.PRODÍGIOO adolescente diz que sempre se destacou nos estudos e desde o sexto ano alcança premiações na Olimpíada Brasileira de Matemática. “Recebi a medalha das mãos da presidente Dilma Rouseff”, relata.
O professor Adilson Beatriz, que orientou Galdino, diz que ele sempre se mostrou dedicado. "Não tive problemas com o Gabriel porque ele é muito aplicado. Fiquei surpreso também, por ele ser um estudante de ensino médio. Costumo trabalhar com alunos de mestrado e doutorado”, comenta. O estudante diz que foi aprovado no vestibular de Química da UFMS, mas pretende ingressar na USP.Na entrevista, Galdino relata como foi a viagem para os Estados Unidos e explica os usos e negociações acerca de sua invenção.
https://soundcloud.com/primeiranot-cia/entrevista-gabriel
Texto e áudio: Eduardo Fregatto e Marina Callejas Foto: Acervo Pessoal Editora: Daniela Aguena