Estratégias educacionais no combate às queimadas é tema de audiência pública
20/06/2013 - 18h37
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[caption id="attachment_4463" align="alignleft" width="300"] INPE contabiliza 674 focos de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul[/caption]
De janeiro a julho de 2013, os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) contabilizaram 674 focos de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul. Em 2012, a cidade de Corumbá registrou o maior número de focos de queimadas no Brasil, foram 6.178 focos, mais de 80% dos 7.546 focos de incêndios florestais contabilizados no Estado durante todo o último ano. Em Campo Grande, são registradas mensalmente, em média, oito ocorrências de incêndios em terrenos baldios, segundo o banco de dados do Corpo Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul.Em audiência pública realizada na Câmara de Vereadores, em junho - mês do Meio Ambiente - vereadores, especialistas e membros da sociedade discutiram alternativas para reverter esse índice. A Audiência, promovida pela Câmara Municipal de Campo Grande e a Comissão Permanente de Meio Ambiente, deliberou encaminhamentos e soluções para as queimadas urbanas. Entre elas, diretrizes para a utilização de verbas públicas para editais educacionais, questões de recolhimento de lixo urbano e inclusão da disciplina de Meio Ambiente nos primeiros anos da educação básica.
[caption id="attachment_2037" align="alignright" width="300"]O urbanista ressaltou a importância da responsabilização dos próprietários de áreas em desuso. Foto: Carlos Henrique[/caption]
O vereador e promotor da Semana do Meio Ambiente, Eduardo Romero, declarou que "educar o cidadão pela base na educação primária, conscientizar com placas de sinalização educacional nas ruas e nos parques são medidas paliativas que podem reduzir as queimadas urbanas".
O major Djan Alves, do Corpo de Bombeiros, destaca que em épocas de estiagem, quando a umidade é baixa, o número chega a atingir 242 ocorrências por mês. Alves explica que um dos grandes obstáculos para resolver as questões ambientais é fazer com que os projetos de lei sejam aprovados, executados e que a população compreenda os danos causados em decorrência do aumento das queimadas urbanas.
O combate efetivo às queimadas deve começar em agosto, quando inicia o chamado período crítico, que se estende até outubro. Como relatou o urbanista Ângelo Arruda, existem na capital muitas áreas subutilizadas e em desuso. "Espaços que se tornam terrenos baldios, alvos de incêndio pelo descuido do proprietário em limpá-los e a ausência de fiscalização do poder público", diz.Repórter: Isabela Nogueira Foto: Carlos Henrique Wilhelms e Debora Bah Editora: Debora Bah