Aumento de incêndios na Capital preocupa bombeiros e ambientalistas

24/06/2013 - 15h17
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[caption id="" align="alignleft" width="212"] Audiência Pública sobre Queimadas Urbanas reuniu entidades para debater o tema. Foto: Everson Tavares[/caption] As queimadas urbanas como forma de limpeza de terrenos contribuem para a degradação da qualidade do ar das cidades, atingidas pela poluição causada por indústrias e veículos e constituem grave infração ambiental. Segundo informações do Corpo de Bombeiros da Capital, a prática é frequente. Até maio foram recebidas mais de 1100 denúncias, 11% a mais que o mesmo período de 2012 e a previsão é de que as ocorrências aumentem durante a estiagem de julho até setembro. Para a membro da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MS), Sandra Marize, o problema está na falta de consciência da população. “O hábito de queimar lixo é um costume que vem de muitas gerações. Precisamos sensibilizar as pessoas para o fato de que isto é crime e punível”, explica. A advogada também fala que as leis são rigorosas, mas faltam condições para fiscalizar. O Major da Polícia Militar Ambiental (PMA/MS), Ednilson Queiroz, explica que em algumas cidades do Estado a fiscalização é de responsabilidade de um órgão municipal, que também faz as vistorias para licenciamento de todas as atividades potencialmente poluidoras. Em Campo Grande, o trabalho é da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur). Nos municípios, como Dourados e Bataguassu, que não têm um órgão responsável pela fiscalização, são os policiais que fazem as atuações. A PMA propôs um convênio entre a polícia e a secretaria, mas até o momento a parceria não foi consolidada. Na Capital, o Corpo de Bombeiros verifica as denúncias de incêndios, termo usado pelos especialistas para se referir a queimadas em centros urbanos, mas não aplica as multas, como explica o major e subchefe do centro de proteção ambiental, Hugo Djan. [caption id="" align="alignright" width="248"] Major Ednilson Queiroz e Vereadora Grazielle Machado discutem  fiscalização de queimadas na Capital. Foto: Everson Tavares[/caption] Segundo o oficial, o trabalho de combate às chamas deixa a desejar. Em Campo Grande há apenas três viaturas adequadas para o combate. Isto se deve ao alto custo de aquisição do equipamento, cerca de 650 mil reais cada. Outra reclamação, tanto dos bombeiros como da polícia ambiental, é o contingente reduzido das corporações, que está abaixo de 50% do mínimo necessário. Para Djan, a solução é a prefeitura realizar a limpeza de terrenos e o proprietário ressarcir o valor gasto por meio de uma cobrança a ser incluída no IPTU. Educação ambiental As organizações envolvidas com a preservação do meio ambiente apontam como solução do problema o investimento na formação ambiental de crianças em idade escolar. O Projeto Florestinha, desenvolvido pela PMA desde 1999, atendeu mais de 220 mil crianças e adolescentes do Estado. Ouça depoimento do coordenador das atividades, Major Queiroz e saiba mais sobre o trabalho de educação ambiental que eles desenvolvem. https://soundcloud.com/primeiranot-cia/major-pma-podcast O Projeto Bombeiros do Amanhã também segue a mesma perspectiva de educação com as crianças. Entre os trabalhos propostos estão atividades de instruções de combate à incêndio, primeiros socorros, prevenção de acidentes domésticos, aulas de educação física, natação, artes e informática. De outro lado, a Escola Educape, de Campo Grande, também trabalha educação ambiental com seus alunos. Confira no depoimento da coordenadora pedagógica, Silvia Farina que enfatiza a importância do trabalho nessa área. http://youtu.be/15jiEq7ckog Priscila Ribeiro
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