[caption id="attachment_5171" align="alignleft" width="300"] Bicicletas foram desenvolvidas em seis meses (Imagem: Gabriel Cabral)[/caption]
Acadêmicos do quinto ano do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul desenvolveram um projeto que transforma uma bicicleta convencional em elétrica. Segundo o professor voluntário da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (FAENG),Marcio Kimpara, a ideia surgiu na disciplina acionamento eletrônico de motores e foi feito o desafio aos alunos. O projeto é coordenado pelo professor João Onofre Pereira.
Kimpara explica que o diferencial dessa bicicleta é a forma que é feita o reaproveitamento da energia. Quando o freio é acionado gera energia que permite maior duração da bateria. Segundo o professor as bicicletas foram desenvolvidas em seis meses e custou cerca de mil reais.
O professor Kimpara ressaltou que praticamente qualquer bicicleta pode ser transformada em elétrica desde que tenha aros resistentes. Os estudantes realizaram testes e a velocidade não passa de 30 km por hora e a carga da bateria dura cerca de 15 quilômetros. O gasto de manutenção é a troca de baterias que podem durar no máximo cinco anos. Depois de adaptada o usuário tem as duas opções, utilizar como uma bicicleta normal ou elétrica.
O estudante Neilton Barbosa usa bicicleta convencional todo o dia para fazer suas atividades. "Acho que a elétrica ajuda bastante em percursos mais longos e desnivelados como são muitas ruas de Campo Grande. Ela deixa a gente mais preguiçoso, mas mesmo assim continua tendo vantagem sobre os carros, motos e transporte coletivo". Barbosa ressalta que a elétrica seria ideal para o cotidiano das pessoas, substituiria o grande números de carros e motos que ocupam muito espaço nas ruas.
[caption id="attachment_5173" align="alignright" width="300"] Projeto permite bombear água onde não existe energia elétrica (Imagem: Gabriel Cabral)[/caption]
Outros projetos - O aluno de mestrado em Engenharia Elétrica, Flávio Palmiro, trabalha no desenvolvimento de um sistema que permite bombear água onde não existe energia elétrica e será usado numa escola na região do pantanal. O mesmo projeto será complementado pelo acadêmico de mestrado Lucio Henrique Pereira, que permitirá o tratamento da água. Um analizador de espectro óptico foi desenvolvido para a Petrobrás, que permite detectar a presença de enxofre no transporte de gás natural, que corrói a tubulação.
Alunos do curso ganharam prêmios do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) nos últimos anos, 2005, 2007, 2009, 2011. A premiação ocorre de dois em dois anos e participam universidades do mundo inteiro. A criação de um carregador universal que permite carregar qualquer tipo de bateria foi premiada em 2007 nos Estados Unidos.
O próximo projeto que será desenvolvido é o Segway, semelhante a um patinete onde o condutor se move para frente e para trás com a inclinação do corpo.
Vários projetos são desenvolvidos no Laboratório de Inteligência Artificial, Eletrônica de Potência e Eletrônica Digital (Batlab). Segundo os alunos o nome do laboratório se deve ao antigo espaço em que funcionava o laboratório, o estádio Morenão, pelo fato de existir muitos morcegos no local.
http://youtu.be/3JiIUQJ2uS8
Repórter: Gabriel Cabral
Imagens: Nelson Mandu