Projeto de ensino que propõe a utilização da borra de café como fertilizante natural foi desenvolvido em parceria entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Anhanguera-Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Anhanguera-Uniderp). A pesquisa mostra que o resíduo orgânico do café é utilizável como fertilizante em hortas familiares. Sementes de alface alba foram cultivadas e adubadas para teste com fertilizante da borra do café demonstraram que houve um crescimento significativo com o uso do resíduo.
Folhas de papel mata-borrão foram usadas em quatro porcentagens diferentes de borra de café, com 2,5%, 7,5%, 15% e 30% e outra sem adição do resíduo orgânico, para que a análise fosse comparativa. O projeto estudou a germinação e o crescimento das sementes. Os resultados apontaram que as semestes germinadas na concentração de 30% cresceram mais rápido do que as demais.
A pesquisa foi coordenada pelo professor da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) e do Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais (PGRN), Alexandre Meira de Vasconcelos. O estudo teve a parceria de pesquisadores da pós-graduação em Produção Gestão Agroindustrial da Anhanguera-Uniderp, coordenado pela professora Denise Pedrinho. Os pesquisadores da UFMS foram responsáveis pelas métricas estatísticas desenvolvidas ao longo da pesquisa e a Anhaguera-Uniderp por ceder os laboratórios para análise.
O professor optou por utilizar a borra de café como fertilizante, resíduo orgânico que é simplesmente descartado. Para Vasconcelos, há alguns mitos que envolvem a borra do café, para desvendar eles iniciou a pesquisa. “Dentro dessa ideia que aparece o resíduo de café, que é um resíduo usado todo dia, bastante abundante nas casas brasileiras. As pessoas falam para não jogar borra de café no lixo, para jogar nas plantas”.

Pesquisa comprova que borra de café auxilia no crescimento de plantas - (Foto: Denise Pedrinho)




