O mestre de obra Maurício Amorim afirma que a criação do espaço facilita a destinação dos resíduos que sobram das reformas que faz semanalmente. “Antes eu não sabia onde jogar os retalhos de piso e as sobras de materiais que tiro das obras. Sempre deixava em um cantinho e os donos da casa se encarregavam de jogar. Agora eu mesmo faço isso. Além de facilitar meu trabalho, consigo deixar tudo limpo depois e entregar um serviço diferenciado para quem me contratar”.
Bruno Velloso explica que impasses com a Prefeitura Municipal de Campo Grande ocasionaram o atraso da obra. “Passamos por várias turbulências com a Prefeitura em relação a conversas e planejamentos. Teve muita troca de prefeitos e gente criticando o nosso serviço em gestão passada, sem dar atenção ao que tinha que ser feito”. Bruno Velloso afirma que a empresa ficou impossibilitada de trabalhar devido à falta de luz e água. “Não tínhamos luz e nem água para trabalhar. A partir do momento que disponibilizaram a área licenciada com ligação de água e energia necessárias para a execução da obra, conseguimos cumprir o cronograma no prazo de oito meses. O que pode ser imputado à concessionária são dois meses de atraso da obra”.
Para a moradora do bairro, Jussara Rodrigues, a instalação do ecoponto vai diminuir a quantidade de lixos e entulhos jogados nas calçadas e nos terrenos baldios da região.
De acordo com o gerente operacional, o contrato de concessão da empresa com a Prefeitura prevê a entrega de mais quatro ecopontos até o fim deste ano. “O nosso planejamento é construir mais quatro ecopontos na capital. Serão obras mais simples para uma entrega mais rápida. Será basicamente a mesma estrutura e atendimento”. A instalação dos próximos ecopontos serão nos bairros Nova Lima, União, Lageado e Noroeste.
Bruno Velloso ressalta que o descarte do óleo pode ser feito no LEV. “O ecoponto não é destinado a resíduos comerciais. Cada empresa deve ter um contrato com empresas que gerenciam aterros para o descarte correto do óleo em grande quantidade. Em relação ao óleo cozinha, que é em pouca quantidade, temos o LEV. É só colocar em uma garrafa plástica e entregar no ecoponto ou à nossa coleta seletiva”.
O engenheiro Ambiental, Pedro Henrique Gonçalves explica que em Campo Grande cada habitante produz em média um quilo de lixo por dia. Pedro Henrique reforça que “os ecopontos trazem maior conservação aos recursos naturais como a água e o solo, e gera maior qualidade de vida para a população, além de aumentar a economia por meio da reciclagem”.
Conscientização Ambiental
Próximo ao Ecoponto Panamá existe grande quantidade de sofás e entulhos nos terrenos. Bruno Velloso explica que foi realizada uma campanha de conscientização antes da inauguração do ecoponto, e afirma que a população precisa estar mais conscientizada. “Nós fizemos panfletagem no bairro. Entregamos informativos tanto sobre o ecoponto quanto sobre a coleta seletiva. Agora a população precisa se conscientizar e fazer a sua parte”.
O LEV visa incentivar a coleta do material para a reciclagem. Os materiais recolhidos são encaminhados para as cooperativas da Unidade de Triagem de Resíduos (URT). Os LEVs são divididos nas categorias “úmido ou orgânico” – restos de comida, cascas de frutas e de ovos, guardanapos e papel higiênico; e “secos ou inorgânicos” – subdividido em quatro cores: azul, amarelo, vermelho e verde. A cor azul corresponde aos papéis que podem ser reciclados; o amarelo corresponde aos metais; o vermelho corresponde aos plásticos; e o verde corresponde aos vidros.
A gestora ambiental Alessandra Campos ressalta que a conscientização é um fator fundamental para a prevenção de impactos ambientais. “A decomposição é um processo que leva anos. Sem contar que ficamos expostos a diversas doenças pelo acúmulo excessivo de lixos em vias públicas, como a dengue por exemplo. A população precisa se conscientizar e fazer sua parte também, aproveitar esse novo espaço. Se existe um local para o descarte adequado, devemos utilizá-lo”.
Serviço
O Ecoponto Panamá está localizado na Rua Sagarana esquina com a Av. Prof. José Barbosa Rodrigues, Jardim Panamá.
Horário de funcionamento: segunda à sábado, de 8h00 às 18h00.
Telefone: 0800 647 1005.