O córrego nasce na Avenida Fábio Zahran, passa pela UFMS e, com o córrego Bandeira, abastece o Lago do Amor, também localizado na Universidade.
O projeto Córrego Limpo tem o objetivo de monitorar os córregos e rios dentro do perímetro urbano de Campo Grande, com a realização trimestral de coletas de amostras e análises laboratoriais pela empresa concessionária da prefeitura, a Águas Guariroba. Os resultados são calculados pelo Índice de Qualidade das Águas, IQA, e o valor indica se a qualidade da água está péssima, ruim, regular, boa ou ótima.
O córrego é afluente do rio Anhanduí e os dejetos podem ser levados por ele até a bacia do rio Paraguai. Segundo a engenheira ambiental e mestre em tecnologias ambientais, Ana Claudia Braga, a legislação CONAMA nº 430/2011 estabelece padrões de lançamento de efluentes para que não cause toxicidade ao rio. “A prefeitura é um órgão fiscalizador. Ela é responsável, através de uma agência reguladora, de fazer um controle desses padrões de emissão de poluentes”.
Para Francisco Severo, o principal problema do córrego Cabaça é a eliminação da fauna. “A gente não consegue saber qual o tipo de material que entra ali. A principio, impede que os bichos cheguem a esse curso d’água. E se chegar, pode ser que os contamine. Retirar o monte de lixo acumulado lá há anos é uma questão de manutenção, para que a cada chuva, a cada dia não entre mais dejetos, também localizar de onde está vindo a sujeira e tomar as devidas providências”.
Segundo a assessoria de comunicação da Águas Guariroba, a responsabilidade da empresa é realizar a análise da qualidade da água do córrego. Os resultados são repassados para a SEMADUR, responsável pela classificação e divulgação. A empresa informou que não utiliza a água do córrego para abastecimento da população e o tratamento do esgoto evita que ele seja jogado nos córregos.
A SEMADUR foi contatada para esclarecimentos e não houve retorno.