O Parque Ecológico do Sóter, inaugurado dia 20 de novembro de 2004 , pelo ex-prefeito Nelson Trad Filho, padece com a erosão e problemas na infraestutura e está abandonado pela população e pela prefeitura. A área de 22 hectares, localizada no bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande, está sem manutenção nas instalações, além da falta de monitoramento do processo de erosão do córrego Sóter. O Ministério Público Estadual determinou que a Prefeitura de Campo Grande apresente plano de revitalização até o início de 2018.
Em fevereiro de 2016, o parque recebeu reformas nas pistas de skate e quadra de esportes, com a falta de manutenção, a obra apresenta rachaduras e pichação. Os banheiros nas instalações estão depredados e sem condição de uso. As portas dos banheiros ficam trancadas e algumas estão arrombadas, com lixos e pias quebradas. A segurança também é reclamação de quem visita o local. A Guarda Municipal se concentra em apenas uma entrada aos finais de semana.
O secretário Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seinthra), Rudi Fiorese afirma que medidas possíveis foram tomadas dentro do prazo estabelecido, como plantar árvores em torno da voçoroca. "O tempo deveria ter sido de pelo menos um ano, tem que ser feito um estudo aprofundado, além de ter demorado para recebermos a autuação.’’
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(Foto: Bárbara C.)
De acordo com o acadêmico do último semestre de Engenharia Ambiental, Pedro Henrique Carvalho Gonçalves não é possível reverter a situação da voçoroca e do assoreamento do córrego Sóter. ''Para a recuperação, vão ser gastos muito dinheiro, a entrada de máquinas pesadas pode danificar ainda mais o solo. O erro na verdade, está no planejamento urbano de quando a área foi ocupada. Agora é cuidar e pensar como um investimento para o futuro. Uma alternativa é a captação de água da chuva. A partir disso, a terra ia parar de ceder e o assoreamento do lago ia estagnar’’.
Segundo Gonçalves o parque é um apoio na educação ambiental para crianças. ''A região em torno do parque é muito populosa. Se as crianças viessem até aqui elas iriam ver de perto a natureza, aprender a cuidar, ter curiosidade''. O acadêmico ressaltou que o Parque ajuda na economia informal. ''Se o parque estivesse bem cuidado, ia chamar a atenção das pessoas, poderia ter vendedores de lanches, de pipoca, de algodão-doce''.
O aposentado José Razzez faz caminhadas diárias pelo Parque desde o ano de inauguração e afirma que a degradação é visível. "Temos que desviar da mata que toma conta da pista de caminhada. É impossível chegar perto da erosão para vê-la. Eu caminho aqui todo dia, e consigo contar nos dedos quantas pessoas vejo fazendo o mesmo. Quando era bem cuidado, vivia cheio de gente aqui''.