O fisiculturismo e o futebol americano são dois exemplos que reúnem adeptos de todas as idades. Praticante do fisiculturismo, Ana Paula Leite é funcionária do Ministério Público Estadual (MPE) e se prepara para o 2º Open Fronteiras, competição que acontece na Capital no dia 8 de novembro. Por praticar o esporte de forma amadora, ela trabalha das 8h às 17h e treina após o expediente.
Por ser uma prática não remunerada, o esporte amador exige sacrifícios, como a disponibilidade de tempo e a falta de incentivos. Leite relata sobre esses empecilhos. “Se manter na dieta é o mais difícil. Além de ficar longe dos amigos e da família, os custos também são complicados. O Fisiculturismo não é muito reconhecido e valorizado aqui no Estado. Competi apenas duas vezes e já foi o suficiente para sentir as dificuldades”.
A fisiculturista conseguiu apoio de uma loja de suplementos, de uma academia e o acompanhamento gratuito de uma nutricionista, o que fez com que as despesas diminuíssem. A atleta afirma que faz sacrifícios pelo fisiculturismo. “Eu vou à academia há dez anos e sempre acompanhei os fisiculturistas. Eu faço tudo isso por minha satisfação pessoal, somente isso”.
Felipe Alves também é adepto do esporte amador. Ele estuda Educação Física e é atleta do Campo Grande Cobras, time de futebol americano da Capital. Alves detalha como foi o preparo para o jogo realizado no último dia 18, no qual o Cobras venceu o Jacarés do Pantanal por 33 a 26. “Tenho o hábito de treinar nas noites de terças e quintas, logo depois da faculdade, e nas tardes de sábado e domingo". Alves revela que tem uma rotina puxada. “Particularmente, os fins de semana são bem cansativos. Frequento uma igreja batista, tenho ensaio e treino. Tento conciliar a igreja com os treinos, viagens e eventos do time, mas nem sempre é possível”.

As três faces de Ana, a trabalhadora, a atleta e a fisiculturista - (Foto: Pedro Centeno)




