Campo Grande registrou aproximadamente 50 milímetros de chuva em junho. O município teve em média diária 1,6 milímetros de chuva em junho. As previsões meteorológicas da estação apontam redução no índice pluviométrico de Mato Grosso do Sul e reservatórios de outros estados. Em maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) incluiu Mato Grosso do Sul na tarifa de bandeira vermelha. A alteração foi realizada pela baixa reserva hídrica da região e escassez de água na bacia do Rio Paraná, reservatório da água destinada ao estado.
A Aneel reajustou em média 8,9% a tarifa energética do estado, a alteração ocorreu em 74 municípios. O reajuste será de 7,28% para residências e de 10,69% para empresas. A classificação do custo energético por meio da bandeira tarifária indica o custo da energia elétrica de acordo com as condições de geração de energia. A escassez de água no estado é um fator que influi no valor da tarifa de energia. Alterações de temperatura em Campo Grande, Costa Rica e municípios próximos causarão problemas como queimadas. Iniciado no último dia 20, o Inverno vai até dia 22 de setembro.
Os dados do plano estadual de Inverno deste ano indicam geadas entre Campo Grande e o extremo sul do estado. Campo Grande e municípios do sul do estado têm 60 % de chances de geada no fim deste mês e de 70% em julho. Os menores índices de chuvas são registrados nesta estação. De acordo com o plano estadual de Inverno, chuvas frequentes ocorrerão em agosto no centro-sul do estado, entre Campo Grande e Sete Quedas.
De acordo com o meteorologista Natalio Abrahão, as informações indicam tendência de altas temperaturas com a ausência de chuva. Abrahão pontua que estado terá entre 31 a 32 graus em Campo Grande e valores acima de 32 graus em Costa Rica, Chapadão do Sul, Cassilândia e municípios próximos. Estima-se menos de 35 milímetros de chuva em julho, números abaixo da média anual.
Segundo o assessor de Comunicação da Energisa, Rodrigo Leite a energia é administrada por meio do Sistema Interligado Nacional (Sin), sistema gerido pelo Operador Nacional do Sistema (ONS ). Leite pontua que a Energisa segue as recomendações definidas pelo ONS, Ministério de Minas e Energia (MME) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo Leite, a Energisa incentiva o uso consciente da energia elétrica por meio de programas de eficiência energética e educação, que contribuem para economia de energia e sustentabilidade. A Energisa é responsável pela distribuição da energia para 74 municípios no estado.
A empresária e consumidora Rosemere Sguario disse que a principal influência no consumo energético é o maior número de pessoas em casa. “Busco administrar de todas as formas, troquei a máquina de lavar, evitamos usar ar-condicionado e apagamos as luzes dos cômodos sem pessoas”. A consumidora registrou queda de 36% da taxa energética entre maio e junho deste ano com as medidas tomadas.
De acordo com a presidente do Conselho de Consumidores da Energisa (Concen), Rosimeire Cecília Mato Grosso do Sul passará por um período de escassez hídrica. “Estamos há 91 anos sem um período crítico como o atual, que é entre abril e setembro e esperamos que isso passe”. Rosimeire Cecília disse que é importante utilizar os chuveiros na modalidade verão, tomar banho antes do pôr-do-sol e utilizar a modalidade inverno somente em dias muito frios. Segundo a presidente do Concen, o chuveiro elétrico será o principal responsável pelo aumento na tarifa de energia durante o Inverno.

Subestação de energia em um dos polos da Energisa em Campo Grande - (Foto: Daniel Rockenbach)




