ECONOMIA

Estiagem de Inverno mantém alerta hídrico em Mato Grosso do Sul

Plano estadual de Inverno aponta falta de chuva nos próximos meses da estação, dados indicam baixos índices pluviométricos no fim deste mês, julho e parte de agosto no estado

Alison Silva, Daniel Rockenbach e Fabio Faria 22/06/2021 - 16h17
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Campo Grande registrou aproximadamente 50 milímetros de chuva em junho. O município teve em média diária 1,6 milímetros de chuva em junho.  As previsões meteorológicas da estação apontam redução no índice pluviométrico de Mato Grosso do Sul e reservatórios de outros estados. Em maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) incluiu Mato Grosso do Sul na tarifa de bandeira vermelha. A alteração foi realizada pela baixa reserva hídrica da região e escassez de água na bacia do Rio Paraná, reservatório da água destinada ao estado.

A Aneel reajustou em média 8,9% a tarifa energética do estado, a alteração ocorreu em 74 municípios. O reajuste será de 7,28% para residências e de 10,69% para empresas. A classificação do custo energético por meio da bandeira tarifária indica o custo da energia elétrica de acordo com as condições de geração de energia. A escassez de água no estado é um fator que influi no valor da tarifa de energia. Alterações de temperatura em Campo Grande, Costa Rica e municípios próximos causarão problemas como queimadas. Iniciado no último dia 20, o Inverno vai até dia 22 de setembro.

Os dados do plano estadual de Inverno deste ano indicam geadas entre Campo Grande e o extremo sul do estado. Campo Grande e municípios do sul do estado têm  60 % de chances de geada no fim deste mês e de 70% em julho. Os menores índices de chuvas são registrados nesta estação. De acordo com o plano estadual de Inverno, chuvas frequentes ocorrerão em agosto no centro-sul do estado, entre Campo Grande e Sete Quedas.

De acordo com o meteorologista Natalio Abrahão, as informações indicam tendência de altas temperaturas com a ausência de chuva. Abrahão pontua que estado terá entre 31 a 32 graus em Campo Grande e valores acima de 32 graus em Costa Rica, Chapadão do Sul, Cassilândia e municípios próximos. Estima-se menos de 35 milímetros de chuva em julho, números abaixo da média anual.

Segundo o assessor de Comunicação da Energisa, Rodrigo Leite a energia é administrada por meio do Sistema Interligado Nacional (Sin), sistema gerido pelo Operador Nacional do Sistema (ONS ). Leite pontua que a Energisa segue as recomendações definidas pelo ONS, Ministério de Minas e Energia (MME) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo Leite, a Energisa incentiva o uso consciente da energia elétrica por meio de programas de eficiência energética e educação, que contribuem para economia de energia e sustentabilidade. A Energisa é responsável pela distribuição da energia para 74 municípios no estado.

A empresária e consumidora Rosemere Sguario disse que a principal influência no consumo energético é o maior número de pessoas em casa. “Busco administrar de todas as formas, troquei a máquina de lavar, evitamos usar ar-condicionado e apagamos as luzes dos cômodos sem pessoas”. A consumidora registrou queda de 36% da taxa energética entre maio e junho deste ano com as medidas tomadas.

Primeira Notícia · Rosemere Sguario Fala Sobre O Controle De Energia Em Sua Casa

De acordo com a presidente do Conselho de Consumidores da Energisa (Concen), Rosimeire Cecília Mato Grosso do Sul passará por um período de escassez hídrica. “Estamos há 91 anos sem um período crítico como o atual, que é entre abril e setembro e esperamos que isso passe”. Rosimeire Cecília disse que é importante utilizar os chuveiros na modalidade verão, tomar banho antes do pôr-do-sol e utilizar a modalidade inverno somente em dias muito frios.  Segundo a presidente do Concen, o chuveiro elétrico será o principal responsável pelo aumento na tarifa de energia durante o Inverno.

 

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