EMPREENDEDORISMO JOVEM

“Espaço Geração Y” foi destaque na Feira do Empreendedor

Espaço dominado por entidades jovens revelou foco diferente dos demais e chamou atenção do público

Amanda Amaral e Hannah de Moliner 4/09/2014 - 01h41
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Pela primeira vez na Feira do Empreendedor, os jovens tiveram direito a um lugar destinado a eles, o “Espaço Geração Y”. A ideia surgiu durante planejamento em ação chamada co-criação, onde os stakeholders do Sebrae, empresa que promoveu a Feira, são chamados para opinarem sobre o que gostariam de ver no evento. O evento ocorreu entre os dias 21 a 24 de agosto em Campo Grande, no Centro de Convenções Albano Franco.

A coordenadora do espaço, Maria Cristina Campaner comentou que entre as ideias que surgiram no workshop de co-criação, a mais citada pelos convidados foi a elaboração de um espaço para jovens.  “Fomos buscar em Mato Grosso do Sul empresas jovens com a cara dessa nova geração e selecionamos 10 entidades. Criamos um espaço onde elas tivessem a oportunidade de se apresentar para o público da Feira, um local de convivência, não queríamos nada formal. Os visitantes não viriam aqui pra saber como montar empresa, mas para interagir e entender mais de associativismo”.

A programação do espaço também foi diferente do padrão da Feira, mais informal que os outros empreendimentos. As palestras foram em forma de bate-papo, no lugar de mesas, colocaram pufes coloridos e cadeiras espalhadas. Também foi criado um painel informativo para explicar as características da geração Y, dúvida frequente entre a população que ainda não se familiarizou com o termo.

O estudante de Análise de Sistemas, Bruno Umbelino, de 20 anos, não conseguiu definir o que é “ser um Y", no entanto, ao falar dos planos futuros, enquadra-se no perfil. Ele pretende ser empreendedor, pois seu gosto de inovar é o que o motiva, uma das principais características do termo.

Maria Cristina Campaner, explicou que muitas pessoas não sabem o que é a geração Y, e por isso, no começo gerou dúvida se permaneceriam com o nome no espaço. Ainda assim, foi decidido que seria um papel importante a Feira propagar o termo, segundo ela, “para que as pessoas saibam dizer “Eu sou geração Y””.

O estudante graduado em Ciência da Computação, Jhonathan Banczek, nascido nos anos 90, considera-se um integrante, pois nasceu no “boom” da tecnologia e desde então é apaixonado pelas oportunidades que o meio tecnológico o proporciona. “A partir da minha adolescência tive muito contato com tecnologias, tanto que me formei na área e procuro estar sempre atento a este mercado que depende muito de si próprio”.

Segundo Maria Campaner, a geração Y é o conjunto de pessoas nascidas entre a década de 80 e 90, cresceram na era digital e tem a tecnologia como uma extensão de sua vida. São jovens conectados, precursores e costumam se organizar em grupos. Outras características são a dificuldade de lidar com hierarquias, impaciência e a vontade de chegar a grandes cargos e assumir responsabilidades rapidamente.

Fonte: Sebrae/MS

A diretora de projetos Ivilaine Delguingaro, da StartupMS, uma das entidades presentes no espaço, acredita que por serem mais criativos e empreendedores, desejam trabalhar em projetos que tenham algum significado pessoal e liberdade de decisões.

Ela se identificou em um concurso de criação de startup e soube na hora que queria trabalhar nessa área, “As pessoas ainda tem dificuldade em saber o que é startup, pois não faz parte do cotidiano. Eu, por exemplo, sou formada em Administração pela UFMS e nunca ouvi falar de startup. Tive a oportunidade em um concurso que participei e simplesmente me apaixonei pelo negócio, por isso estou junto na ideia”. A StartupMS é uma ONG em Mato Grosso do Sul de fomento ao empreendedorismo digital, criada em 2010. 

O representante da AIESEC no espaço, Uhala Guedes apresentou a geração Y em um bate-papo com os intercambistas de outros países como China e Argentina, para discutir como é a geração Y além das fronteiras do Brasil. A AIESEC é uma organização mundial liderada por jovens, criada em 1946 para criar relações entre organizações de estudantes e assim promover oportunidades de intercâmbio. Está em Campo Grande desde 2013.

Guedes completa “os visitantes estão conseguindo entender que esse espaço é formado por toda iniciativa jovem empreendedora de Campo Grande. E é muito bacana porque eles passam conversando com cada uma das entidades, querendo saber mais, pois desconhecem o trabalho da maioria por se tratarem de iniciativas novas”. 

Devido ao grande interesse que o público apresentou pelo espaço durante o evento, Maria Cristina Campaner faz planos para edição de 2016, “Esse espaço foi nosso piloto, atendendo um pedido da sociedade. Pretendemos aprimorar para próxima Feira”. 

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