Pela primeira vez na Feira do Empreendedor, os jovens tiveram direito a um lugar destinado a eles, o “Espaço Geração Y”. A ideia surgiu durante planejamento em ação chamada co-criação, onde os stakeholders do Sebrae, empresa que promoveu a Feira, são chamados para opinarem sobre o que gostariam de ver no evento. O evento ocorreu entre os dias 21 a 24 de agosto em Campo Grande, no Centro de Convenções Albano Franco.
A coordenadora do espaço, Maria Cristina Campaner comentou que entre as ideias que surgiram no workshop de co-criação, a mais citada pelos convidados foi a elaboração de um espaço para jovens. “Fomos buscar em Mato Grosso do Sul empresas jovens com a cara dessa nova geração e selecionamos 10 entidades. Criamos um espaço onde elas tivessem a oportunidade de se apresentar para o público da Feira, um local de convivência, não queríamos nada formal. Os visitantes não viriam aqui pra saber como montar empresa, mas para interagir e entender mais de associativismo”.
A programação do espaço também foi diferente do padrão da Feira, mais informal que os outros empreendimentos. As palestras foram em forma de bate-papo, no lugar de mesas, colocaram pufes coloridos e cadeiras espalhadas. Também foi criado um painel informativo para explicar as características da geração Y, dúvida frequente entre a população que ainda não se familiarizou com o termo.
O estudante de Análise de Sistemas, Bruno Umbelino, de 20 anos, não conseguiu definir o que é “ser um Y", no entanto, ao falar dos planos futuros, enquadra-se no perfil. Ele pretende ser empreendedor, pois seu gosto de inovar é o que o motiva, uma das principais características do termo.
Maria Cristina Campaner, explicou que muitas pessoas não sabem o que é a geração Y, e por isso, no começo gerou dúvida se permaneceriam com o nome no espaço. Ainda assim, foi decidido que seria um papel importante a Feira propagar o termo, segundo ela, “para que as pessoas saibam dizer “Eu sou geração Y””.
O estudante graduado em Ciência da Computação, Jhonathan Banczek, nascido nos anos 90, considera-se um integrante, pois nasceu no “boom” da tecnologia e desde então é apaixonado pelas oportunidades que o meio tecnológico o proporciona. “A partir da minha adolescência tive muito contato com tecnologias, tanto que me formei na área e procuro estar sempre atento a este mercado que depende muito de si próprio”.
Segundo Maria Campaner, a geração Y é o conjunto de pessoas nascidas entre a década de 80 e 90, cresceram na era digital e tem a tecnologia como uma extensão de sua vida. São jovens conectados, precursores e costumam se organizar em grupos. Outras características são a dificuldade de lidar com hierarquias, impaciência e a vontade de chegar a grandes cargos e assumir responsabilidades rapidamente.

Bate-papo com intercambista da AIESEC Joana Cesconetto que voltou há pouco do Egito - (Foto: Amanda Amaral)




