EMPREENDEDORISMO

Empreendedorismo feminino cresce 25,3% em quatro anos no Estado

O número de empreendedoras em Mato Grosso do Sul passou de 91 mil para 114 mil de 2012 para 2016

Ethieny Karen e Mariana Alvernaz15/09/2018 - 20h53
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O número de mulheres empreendedoras em Mato Grosso do Sul cresceu 25,3% em quatro anos, de acordo com dados do Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios de 2016. Em 2012, havia 91 mil empresárias no estado e em 2016 o número registrado foi de 114 mil. O estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) considera o número de empregadoras e o de profissionais autônomas.

A técnica em empreendedorismo do Sebrae em Mato Grosso do Sul, Lucielle Lima afirma que, de 54 países, o Brasil tem a terceira maior proporção de mulheres entre os empreendedores iniciais, as mulheres donas de negócios são mais jovens que os homens, têm maior escolaridade e ganham um salário 30% menor do que eles. Segundo Lucielle Lima, o Estado apresenta insuficiência de mulheres líderes na área de tecnologia. “Quando você vai ver cursos de engenharia, cursos de tecnologia, você vê um número muito menor de mulheres acadêmicas e a área de tecnologia é a área de maior remuneração. Então, recebemos menos que os homens em função das escolhas das atividades”.

Para Lucielle Lima, muitas mulheres abrem empresas por necessidade de trabalhar, ao invés de oportunidade de mercado. “Quando falamos em empreendimento por necessidade é o momento dela, ela acaba abrindo uma empresa baseado naquilo que ela sabe fazer, então nisso ela não identifica uma oportunidade de negócio e sim uma necessidade. Quando é oportunidade, ela identifica uma oportunidade mesmo, verifica que naquele meio onde ela vive está faltando um negócio específico”. Ela ressalta que o empreendimento aberto por oportunidade apresenta mais chances de sucesso, pois há um maior planejamento. As empresas lideradas por mulheres em Mato Grosso do Sul estão concentradas no setor de vestuário, calçados, acessórios, beleza e saúde.

A empresária Solange Borges abriu um salão de beleza em sua casa para poder cuidar de suas filhas ao mesmo tempo em que trabalha. Ela começou a trabalhar de manicure e, ao longo dos anos, realizou outros cursos de estética. Atualmente, a empreendedora emprega duas manicures em seu salão de beleza. "Hoje, eu tenho um salão que tem tudo e me realizei na área que estou trabalhando".

As empreendedoras Karine Matinez e Kelly Matinez investiram em uma doceria na capital. A ideia surgiu após organizarem um aniversário da filha de Karine Martinez. As irmãs aprenderam a confeitar por meio de videoaulas na internet e, ao praticar as técnicas de confeitaria em casa, há pouco tempo foi possível fazer um curso presencial. Karine Martinez ressalta que o apoio familiar e de amigos foi essencial para a criação do empreendimento. “A felicidade do reconhecimento de termos a nossa própria empresa é enorme e nos dá a certeza de que estamos caminhando pelo lado certo”.

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