Bebidas frias como cerveja, refrigerante, isotônico e energético terão aumento de 1,3% no imposto durante a Copa do Mundo, época em que o consumo cresce. O motivo é a redução da tarifa de energia elétrica no Brasil, que refletirá em outros setores da economia. O reajuste foi publicado pela Receita Federal no dia 29 de abril. Segundo a entidade, o preço das bebidas frias não sofria reajuste desde 2012.
Segundo o economista Lucas Casonato, o reajuste no preço das bebidas feito pelo Governo Federal é uma maneira de compensar os maiores gastos com energia elétrica. “A necessidade dessa nova receita foi a falta de chuvas no País, que obrigou o setor elétrico a buscar alternativas mais caras para a geração de energia”. O menor preço na conta de energia elétrica influi em outros setores, como o de bebidas frias. “Para não ter baixa nas contas públicas, o setor foi socorrido financeiramente via empréstimos do Governo, que fez esse repasse cair na conta das cerveja, refrigerantes, isotônicos e energéticos”.
Para Casonato, o impacto desse aumento não afeta significativamente o consumidor. “O Governo estima acréscimo em torno de 2%, enquanto a indústria aponta algo próximo a 5%. “Será um valor muito baixo, principalmente se comparado à variação dos preços e serviços nas cidades sedes da Copa do Mundo”.
Proprietário de um bar da capital, Agnaldo Vasques afirma que ainda não foi notificado do aumento do preço de bebidas frias, como a cerveja, produto mais vendido no estabelecimento. “Por enquanto dá para manter os preços”. Ele estima que o movimento mais do que dobre em dias de jogos da Copa do Mundo. “Transmitiremos todos os jogos do Brasil durante o Mundial. Adquirimos assinatura de canais de esportes e até o início da competição, três TVs serão instaladas. O movimento de clientes deve aumentar mais de 50% no bar”.

Bares devem ter no mínimo 50% mais movimento durante a Copa | Foto: Bar Mercearia/Reprodução Facebook - (Foto: Bar Mercearia)




