Começa hoje a 9ª Campanha de Recuperação de Crédito Nome Limpo com o objetivo de minimizar o alto índice de consumidores inadimplentes em Campo Grande (MS). O evento, realizado na Praça Ary Coelho, é promovido pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), em parceria com a Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), Sebrae/MS e Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul.
Pesquisa realizada pelo Instituto GEOC, que representa 16 das principais empresas de cobrança do Brasil, constatou que quase 80% dos entrevistados tem dividas em atraso.
Em Campo Grande há cerca de 109 mil pessoas no banco de dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). O número é 67% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. De acordo com o diretor do SCPC da ACICG, Renato Paniago, a falta de planejamento no orçamento familiar é uma das principais causas da inadimplência. “O consumidor assume dívidas, compromissos muito maiores que o seu rendimento permite. Então essa falta de planejamento, o incentivo ao consumo e a necessidade de consumir fazem com que o consumidor acabe endividado.”
De acordo com levantamento realizado pelo Serasa Experian a inadimplência no Brasil subiu 19,6% em setembro em relação ao mesmo mês em 2013, o que reflete diretamente no poder de compra do consumidor. Segundo Paniago, o impacto disso é menos negócios no comércio. ”Consumidores sem poder de compra, sem realizar novas compras. Há uma diminuída no consumo e prejuízo no comércio. As empresas diminuem o volume de negócios.”
Paniago destaca que outra causa da inadimplência é o reflexo causado por grandes ofertas de financiamentos e empréstimos nos anos anteriores, que refletem posteriormente no bolso do consumidor. ”Os reais motivos dessa inadimplência é difícil de medir, o que a gente detecta é que o cartão de crédito, cheque e o crediário são os maiores índices de não cumprimento desses compromissos e isso acaba negativando o nome dos consumidores.”
O diretor do SCPC na ACICG explica o que causou o aumento de 60% das negativações neste ano.






