Ventiladores e aparelhos de ar-condicionado foram alguns dos produtos mais procurados para amenizar as altas temperaturas - (Foto: Raquel de Souza)A recente onda de calor em Campo Grande aumentou as vendas de vários setores do comércio. Os termômetros chegaram a marcar mais de 40 graus, número que quebrou o recorde de temperatura registrado na cidade, que era de 39,7 graus, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em algumas lojas de eletrodomésticos, a procura por aparelhos que ajudassem a diminuir a sensação de calor cresceu em mais de 200%.
Foi o caso de uma das filiais da rede City Lar, localizada na avenida Júlio de Castilho. O gerente Roberto Carlos Costa afirma que entre os dias 10 e 18 de outubro a procura por ventiladores e aparelhos de ar-condicionado foi cinco vezes maior do que a média. No mesmo período, 81% das vendas da loja foram de eletrodomésticos da chamada “linha branca”, como geladeiras, freezers e fogões. Destes, 75% foram aparelhos de ar-condicionado, o que fez com que o estoque da loja para estes produtos chegasse perto de zero. “É normal que as vendas aumentem em época de calor, mas a gente não esperava tanta procura”.
Segundo o gerente de uma filial da varejista Romera, Cleuber Ricardo Martins, o aumento das vendas destes mesmos produtos ultrapassou os 200%. Os umidificadores também foram muito procurados devido ao tempo seco, e chegaram a esgotar na loja. O gerente de uma filial das Casas Bahia, Karlos Cubel, estima o mesmo nível de aumento nas vendas de ar-condicionados, ventiladores e climatizadores durante o período. Em um dia, foram vendidos mais de 175 aparelhos de ar-condicionado. “Foi um aumento anormal, e a previsão para o verão é otimista”.
A editora Daiane Libero foi uma das que não resistiu ao calor. Ela gastou cerca de R$ 1.300 na compra e instalação de um ar-condicionado, e acha que o investimento valeu a pena. “Eu acredito que o ar-condicionado em uma região quente como a que a gente vive é bem-estar e qualidade de vida. Nessa última onda de calor que assolou Campo Grande, tive problema para dormir quase todos os dias e isso afetou muito minha vida, por isso decidi comprar o aparelho para o meu quarto”.
E não foram só os aparelhos de ar-condicionado para residências que tiveram aumento na procura. O proprietário da empresa Climavel Esrael Caetano relata que a manutenção e instalação de modelos veiculares teve aumento de 70%. “Normalmente, o aumento na venda destes produtos se dá no final do ano, gradativamente no início do verão até o final, devido à mudança de temperatura e às viagens de férias. Nestes últimos 30 dias foi uma coisa anormal”.
Caetano afirma que é a primeira vez que as vendas sobem tanto de uma só vez, e que teve que começar a atender com agendamento para dar conta da demanda. A instalação do ar-condicionado em um carro de passeio popular custa de R$ 3.500 a 3.800, em média. O custo da manutenção preventiva, que deve ser feita duas vezes ao ano, é de R$ 300. Ela previne que o aparelho estrague, evita a proliferação de fungos, bactérias e ácaros e elimina possíveis odores desagradáveis.
