O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) aderiu, em agosto deste ano, ao aplicativo A.DOT, plataforma que disponibiliza fotos e vídeos com informações e apresentação feita por crianças e adolescentes disponíveis para adoção. A iniciativa do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) permite que menores de idade, em condições para serem adotados, possam ser conhecidos por pretendentes habilitados para adoção. A ferramenta objetiva encontrar famílias para acolhidos com mais de sete anos, grupo de irmãos e pessoas com deficiência ou algum tipo de doença que estão sob jurisdição do Estado.
Segundo a juíza da Vara da Infância, Adolescência e do Idoso de Campo Grande e coordenadora da Infância e Juventude do TJMS, Katy Braun do Prado Campo Grande possui 25 crianças consideradas inadotáveis devido à idade, deficiência ou por possuir irmãos. De acordo com dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), Mato Grosso do Sul possui mais pretendentes para adotar do que crianças em condições jurídicas para adoção. O estado tem 393 pessoas na fila de espera e 317 menores de idade para serem acolhidos por uma família.
Elaborado por Thalia Zortéa.
A juíza Katy Prado afirma que o aplicativo é uma oportunidade para as crianças consideradas inadotáveis tenham chances de adoção. “Por meio desse aplicativo, nós vamos dar a todos os pretendentes a oportunidade de conhecerem as crianças que estão fora do perfil deles. Ao ter interesse em alguma criança, poderão pedir para o juiz a modificação do perfil para que assim eles possam se aproximar dessa criança que não era a idealizada, mas é a criança real que aguarda por uma família”.
O recurso será gerenciado com o material enviado pelos magistrados da infância e juventude do país e somente os pretendentes habilitados terão acesso ao conteúdo. No caso de interesse em adotar uma criança, a pessoa poderá pedir aproximação, o que possibilita que o adotante tenha acesso ao histórico de vida dela e a conheça.