TRÂNSITO

Pedestres reclamam dos semáforos do Centro

Nos segundos destinados a travessia dos pedestres, o tempo é compartilhado com a conversão dos veículos

Amanda Bogo e Caroline Cardoso25/11/2014 - 13h25
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No Centro de Campo Grande pedestres reclamam do tempo disponível para a travessia nos cruzamentos da Avenida Afonso Pena com as ruas 14 de Julho e 13 de Maio. A segurança é reduzida pelo tempo compartilhado com a conversão dos veículos.

No momento em que fecha o semáforo da Avenida Afonso Pena, sentido Parque das Nações Indígenas, o da Rua 14 de Julho ao lado da praça Ary Coelho abre. Enquanto os pedestres atravessam na Afonso Pena, os carros que veem da 14 de Julho e efetuam a conversão à direita dividem espaço com as pessoas que concluem a travessia. O mesmo acontece na Rua 13 de  Maio.

Para o estudante Arthur Tasso, a situação pode causar acidentes. “Pode prejudicar alguns idosos que acabam correndo e se machucando, tendo algum trauma. E é um descaso ter um problema assim em uma das principais avenidas de Campo Grande”.

O técnico em informática Alysson Villas Boas se diz preocupado co a possibilidade de acidentes no local. “O pessoal não respeita e pode atropelar, na verdade quando fecha um, eles deveriam parar para o pedestre”.

O jardineiro Claudio Rondon afirma que teve dificuldades na travessia na Rua 13 de Maio. “Tinha que dar uma melhorada, tinha que estudar para ver como isso pode ser mudado”. A estudante Glenda Gomes acredita que o tempo exclusivo para os pedestres neste cruzamento é uma questão de segurança. “Eu ia atravessar, quando eu estava na metade já o carro passou e quase me atropelou, fiquei morrendo de medo de atravessar aqui”.

Sincronizados

Segundo o chefe da Divisão de Implantação e Manutenção Semafórica da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, Agetran, Waldemar Aguero, os semáforos destes cruzamentos possuíam um sistema em que o pedestre apertava um botão que abria a travessia e fechava o semáforo para os carros. “Hoje só tem prioridade para o pedestre onde não tem conversão. Automaticamente, quando fecha para o veículo abre para o pedestre e vice e versa”.

Segundo Aguero os semáforos do centro de Campo Grande são sincronizados via GPS. “O vermelho geral é um momento que o semáforo fecha para todos os veículos e fica aberto só para o pedestre. No centro não funciona porque quebra a sincronia”.

Para ele, a educação evita acidentes. “Tem que ter educação. Toda vez que o motorista entra no carro ele acha que a prioridade é dele. A conscientização tem que ser do condutor, a educação no trânsito tem que ser permanente”.

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