Dados da assessoria de comunicação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul mostra que somente entre janeiro e setembro deste ano, o número de assaltos em pontos de ônibus na capital foi quase o dobro dos assaltos registrados em 2013. No ano passado, foram 79 ocorrências, e até setembro de 2014, 156 casos.
De acordo com a Agência Municipal de Trânsito (Agetran), Campo Grande possui 166 linhas de ônibus e cerca de 225 mil pessoas utilizam o transporte coletivo diariamente. Conforme os registros policiais, esse tipo de crime tem se tornado comum em avenidas de grande movimento da capital, onde criminosos armados ameaçam os usuários do transporte coletivo.
Vítima dessa situação, a estudante de Letras, Bruna Camargo, 20 anos, foi assaltada no dia 16 de setembro em um ponto de ônibus da avenida Manoel da Costa Lima, nas proximidades da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). De acordo com a acadêmica, ela estava sentada quando percebeu que dois homens em uma motocicleta pararam junto ao ponto. O homem que estava na garupa desceu, sentou ao lado dela e anunciou o assalto. O celular e a bolsa da jovem foram levados. "Não pensei que fossem me assaltar. Achei que ele também iria esperar o ônibus".
Segundo Bruna há pouca iluminação nos pontos de ônibus e a presença da polícia e da segurança da própria universidade não é suficiente para evitar a ação de criminosos nesses locais. A estudante explica que no dia do assalto optou por utilizar um ponto de ônibus localizado fora da universidade. "Porque o ponto de dentro estava totalmente escuro e sem nenhum segurança".
O delegado titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), Fabiano Nagata afirma que esse tipo de crime tem sido cada vez mais comum e que as principais vítimas são as mulheres. Os objetos mais visados pelos assaltantes, de acordo com o delegado, são celulares, tablets e dinheiro. Nagata orienta sobre alguns cuidados para reduzir os riscos de um assalto, como evitar mexer no celular e ficar sozinho em lugares ermos. "O ideal é esperar em um ponto com mais pessoas e evitar mexer em aparelhos eletrônicos, além de não andar com grande quantia de dinheiro".






