TRÂNSITO

Número de acidentes de trânsito com motociclistas diminui em 2014

Para o Detran, dados são resultado do projeto "Vida no trânsito" em Campo Grande

Bárbara de Almeida e Natália Moraes25/11/2014 - 09h04
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A quantidade de acidentes de trânsito com motociclistas diminuiu em Campo Grande. Segundo estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran/MS), entre o período de janeiro a outubro deste ano ocorreram 2432 colisões envolvendo  motociclos, enquanto durante todo o ano de 2013, foram registrados  4625 casos. Houve diminuição do número de vítimas fatais. Até o momento foram registrados 18 óbitos no local dos acidentes, enquanto durante todo o ano anterior ocorreram 29.

Para o assessor de psicologia do trânsito, Renan Júnior, os dados apresentam a efetividade do projeto "Vida no Trânsito", desenvolvido pelo Detran desde 2011 com o objetivo de diminuir em 50% do número de acidentes no trânsito anuais até 2020. 

O Projeto Vida no Trânsito faz parte de uma iniciativa internacional coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e está presente em dez países, entre eles o Brasil. Trata-se de uma das estratégias para o cumprimento das metas da Década de Ações para a Segurança no Trânsito. 

No país, o projeto é desenvolvido em outras quatro cidades além de Campo Grande: Belo HorizonteCuritibaPalmas e Teresina.

Entre as ações elaboradas pelo Detran/MS para mitigar o número de acidentes em Campo Grande está a campanha "Pedestre, eu cuido" que, segundo Júnior, "além de diminuir o número de acidentes com pedestres, ajudou a diminuir a velocidade dos motoristas". 

Outra ação elaborada para auxiliar a diminuição dos óbitos foi a análise de acidentes ocorridos na Capital. "Desde 2011, todos os acidentes graves e com vítimas fatais em Campo Grande são estudados, para sabermos quais são as causas, onde aconteceram, dia e horário da semana, fatores agravantes". Por meio desse estudo, o Detran/MS levantou que os pontos prioritários a serem combatidos no Estado é o abuso da velocidade e o consumo de álcool. 

Trânsito violento

Mesmo com as ações realizadas e a diminuição no número de acidentes e óbitos, parte da população se diz temerosa com a violência no trânsito. Para o recepcionista Rodrigo Marques, "o trânsito está mais perigoso, pois a maioria das pessoas ignoram as leis de trânsito". Por conta de seu trabalho no Hospital Adventista do Pênfigo, Marques percorre 34 quilômetros todos os dias de motocicleta. Segundo ele, os acidentes são constantes. "Vejo todo dia mais de um acidente no caminho que faço para ir ao trabalho".

Rodrigo Marques alimentou as estatísticas no último dia 2, por conta de um motorista que não percebeu sua presença enquanto seguia atrás de um caminhão. "Eu ia pela avenida principal, e um carro saiu da rua lateral entrou na minha frente. Buzinei e o motorista freou. Nisso bati na lateral do carro, voei por cima dele e cai sentado do outro lado. Fiz cinco raios-x, na mão e no quadril. Não quebrei nada, mas estou com dores até hoje".

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