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Mato Grosso do Sul está entre os três estados brasileiros com menor valor de combustível

O estado registrou preço médio de 4,375 reais no combustível em setembro, atrás apenas do Amapá e Santa Catarina

Guilherme Brasil, Thiago Spila, João Lucas 2/10/2018 - 14h17
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O preço do combustível em Mato Grosso do Sul teve variação de 0,49 centavos no mês de setembro, segundo relatório da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No mês de setembro, o combustível apresentou o preço mínimo de 3,870 reais e o preço máximo de 4,367 reais. De acordo com o mesmo relatório nacional, o estado teve a terceira menor média de preço comparado aos outros estados brasileiros no mês, atrás somente de Amapá e Santa Catarina. 

De acordo com o gerente executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edson Lazaroto o aumento moderado no preço do combustível em Mato Grosso do Sul é consequência da quantidade de postos concentrados na capital. “Existem 160 postos em Campo Grande e 560 no estado como um todo, e isso acaba gerando uma concorrência forte. Se o empresário dono de posto tem um preço maior que acompanha o mercado nacional, ele vai acabar perdendo nessa competição”.

O sócio e proprietário do posto de gasolina, Eduardo Casagrande afirma que o preço é influenciado por fatores externos e internos. “O aumento da gasolina é consequência do valor do barril do petróleo, esse que a gente importa, sendo assim, com a alta do dólar, o preço da gasolina sobe mesmo”.

Casagrande ressalta que um dos principais fatores que contribui para que os preços sejam semelhantes é a competitividade entre os postos. “É impossível ter postos de gasolina aqui em Campo Grande com valores muito diferentes, porque a concorrência entre nós é extrema. Eu não vou conseguir vender se eu cobrar mais caro que o outro”.

O frentista Josuel Lima aponta que o movimento de consumidores é constante, independente da variação de preço. “As pessoas sempre vêm, para quem tem carro ou moto, é preciso abastecer, essencial. Independentemente do valor da gasolina, se diminuiu ou aumento, o posto aqui tá sempre vendendo”.

O dono de um posto de gasolina que optou pelo anonimato, afirma que existe um sistema de cartel em Campo Grande. “Muita gente fala que isso não existe, mas existe sim. O sistema de cartel aqui na nossa cidade funciona com os grandes postos. Os donos de postos de gasolina grande eles colocam o preço lá embaixo para falir os postos menores, e então eles compram esses postos quando ficam quebrados e impõem o valor que eles quiserem na gasolina, porque acaba a concorrência para eles”.

O gerente executivo do Sinpetro-MS, Edson Lazaroto afirma que a extensiva fiscalização do Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) impede a prática de cartelização. “O Cade é muito atuante e trabalha intensivamente contra essa prática, proibindo os revendedores de discutirem entre si e organizarem preços, por exemplo, se filmarem uns cinco combinando preços seria justamente a formação de um cartel”.

 

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