SAÚDE

Campo Grande registra queda nos casos de Dengue

Os óbitos pela doença são quatro vezes menores do que os confirmados em 2020

Giovanna Percio, Letícia Franco e Ludimila Rodrigues21/04/2021 - 12h56
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O número de casos de Dengue caiu 97% em Campo Grande no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Foram confirmados 129 casos de janeiro a março. O número é quarenta vezes menor que o registrado em 2020, quando a capital alcançou 5.333 casos. As mortes em decorrência da doença caíram de quatro para uma, redução de 75%.

Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (Liraa) divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, classificou os bairros Vida Nova e Jardim Azaléia em alto risco de infestação do mosquito. As duas regiões registraram o Índice de Infestação Predial (IIP) de 5,1% e 4,2%, respectivamente. Valores acima de 3,9% são considerados de risco pelo Ministério da Saúde. Outros 39 bairros tiveram índices superiores a 1% e foram classificados como alerta. 

O Liraa permite a identificação de áreas com maior ocorrência de focos do Aedes aegypti, mosquito vetor da Dengue, Chikungunya e Zika. O levantamento foi feito a partir da instalação de armadilhas para a coleta de ovos em 19.895 residências nas sete regiões de Campo Grande, entre os dias 1 e 5 de março. Segundo a superintendente de Vigilância e Saúde de Campo Grande, Veruska Lahdo a pesquisa serve como instrumento de planejamento para ações de prevenção e combate às doenças.

As inspeções em imóveis residenciais e comerciais estão entre as ações de combate e prevenção à dengue. A agente de Saúde, Luciene Rodrigues Nunes explica que a principal função destes profissionais é orientar a população e prevenir novos casos da doença. “Nosso foco é eliminar todos os possíveis criadouros do mosquito. Não temos como acabar com a dengue porque isso não depende apenas do poder público, depende de uma ação conjunta que também envolve a população”. Segundo a agente, projetos de orientação em escolas e parcerias com o setor privado contribuem para a conscientização coletiva.

Primeira Notícia · Agente de Saúde fala sobre o combate à Dengue

 

Dengue e Covid-19

Segundo Veruska Lahdo, a maior incidência de chuva nos primeiros meses do ano somada às altas temperaturas, tornam este período propício para a proliferação do Aedes Aegypti. Os sintomas da Dengue podem se assemelhar aos da Covid-19.

A médica infectologista Yvone Maia Brustoloni destaca que os sintomas iniciais de ambas as infecções virais são parecidos. Entre eles estão a febre, dor de cabeça, náuseas, vômito, diarréia, dores no corpo, nas articulações e nos olhos. Para a especialista, o diferencial está nos sintomas respiratórios. “Nariz escorrendo ou trancado, dor de garganta e tosse seca são importantes para diferenciação clínica entre as duas doenças, pois não são frequentes na Dengue”. 

O diagnóstico é confirmado por meio de testes laboratoriais. De acordo com a infectologista, um profissional de saúde deve ser procurado na ocorrência de sintomas específicos “O mais importante é que em caso de febre, sintomas respiratórios, fadiga ou falta de ar, o atendimento médico deve ser buscado sem demora”.

 

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